Sunday, 26 August 2018
Utravelling - We Plan Your Trip
Today's post is short and simple. I'm bringing you something I'd been working on and I'm very excited about. You should know by now I'm crazy about travelling and my wonderings are always planned to the minimal detail - such as times we take on each attraction and so on.
And I decided to create an online company that does exactly what I love doing before travelling: planning the trips! At Utravelling (english version website here), we search for the flight/accommodation most suited to your needs (and a 10% discount on Booking) and create daily itineraries to your taste: what transport to use, travelling times, places to visit and points of interest all planned according to your needs. If you also wish, we offer Traveler's Consultation and tell you if you need any specific medication/vaccines for your destination.
So what differentiates Utravelling from other agencies? It's a company dedicated to providing you the best vacations tailored to your taste and budget. We carry out unique travel itineraries, developed and adapted to the expectations of each client.
Do you want to help me get started? Follow Utravelling on Facebook and Instagram and most important, spread the word everytime someone needs to plan a trip!
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O post de hoje é curto e simples. Trago-vos uma coisa em que tenho andado a trabalhar e com a qual estou muito entusiasmada. Por esta altura já deves saber que adoro viajar e as minhas viagens são sempre planeadas ao mais pequeno detalhe - como os horários em que apanhamos cada transporte, e por aí em diante.
Decidi então criar uma empresa online que faz exactamente o que mais gosto de fazer antes de viajar: planear as viagens! Na Utravelling, procuramos o voo e alojamento mais adequado às suas necessidades (com um desconto de 10% no Booking) e elaboramos roteiros diários a seu gosto: quais os transportes a utilizar, tempos de deslocação, locais a visitar e pontos de interesse tudo planeado de acordo com as suas necessidades. Realizamos também consultas do viajante para saber se é necessário algum tipo específico de medicação/vacinas para o destino.
Então o que diferencia a Utravelling de outras agências? É uma empresa dedicada a proporcion as melhores férias adaptadas a cada gosto e conforme cada orçamento. Realizamos roteiros de viagem únicos, desenvolvidos e adaptados às expectativas de cada cliente.
Queres ajudar-me a começar? Segue a Utravelling no Facebook e no Instagram e, mais importante, espalha a notícia sempre que ouvires que alguém precisa de planear uma viagem!
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Sunday, 12 August 2018
A Day Trip to Berlengas
Localizado a cerca de 10km de distância do Cabo Carvoeiro, o arquipélago das Berlengas é composto por 3 grupos de ilhéus: Berlenga Grande e recifes adjacentes, Estelas e Farilhões-Forcadas, todas de natureza geológica diferente da costa continental próxima. A Berlenga Grande, com 4km de perímetro, apresenta a forma de um "8" recortado por numerosas reentrâncias. A parte mais considerável da ilha, situada a oeste, chama-se simplesmente "Berlenga" e compreende dois terços da superfície total da ilha. A outra parte, a leste, separada da primeira por um estrangulamento resultante da erosão marítima sobre uma importante falha geológica, é a "Ilha Velha".
Devido à sua localização geográfica, a Berlenga benefícia de dois tipos de influências climáticas: a atlântica, nas áreas mais exposta a norte, e a mediterrânica, nas expostas a sul. Isto proporcionou ao arquipélago características faunisticas e florísticas que fizeram dele um ecossistema único, tanto a nível marinho como terrestre. Por isto, as Berlengas integram a Rede Nacional de Áreas Protegidas, constituindo uma Reserva Natural e é ainda considerada Reserva Mundial da Biosfera da UNESCO, tendo o mais antigo estatuto de protecção integral de que há memória, desde 1465 com o rei Afonso V.
Confesso que estava ligeiramente apreensiva em relação à viagem em si e tinha ouvido que as gaivotas eram problemáticas mas todos esses receios revelaram-se em vão. Saímos de Lisboa às 8h com tempo nublado e chegámos a Peniche um pouco antes das 9h30. Fizemos a travessia para as Berlengas pela companhia Berlenga Live às 10h00 (com regresso às 15h00) e apesar de ter sido uma viagem com solavancos uma pessoa acaba por se habituar. Sabem aquelas montanhas russas suavezinhas nos parques de diversões? É mais ou menos a mesma coisa.
Claro está, português que é português tem sempre aquele atrasozinho ou não seríamos conhecidos pelo nosso "quarto de hora académico". Não saímos exactamente às 10h com as pessoas a entrar e acomodarem-se no barco mas diria que a viagem durou cerca de meia hora entre Peniche e a ilha, com paragem para apreciação do Cabo Carvoeiro. Tivemos algum tempo para recuperar dos solavancos da viagem até à ilha no "Bairro dos Pescadores", na encosta sul da "Ilha Velha", e às 11h tivemos novo barco à espera para vermos as grutas da ilha, passeio incluído no bilhete que tínhamos pago. Um barco diferente do que nos tinha levado, com fundo de vidro, fez-nos o tour pelas grutas e vimos a cabeça do Elefante, a Cova do Sono onde os pescadores antigamente prenoitavam por se situar na zona sul e não ser atingida pelos ventos fortes vindos do norte, a Gruta da Flandres, a Gruta Azul, o Furado Pequeno onde apenas podem atravessar barcos pequenos e com muito cuidado por ser tão estreita e devido à corrente, e atravessámos a gruta do Furado Grande que atravessa a ilha de um lado ao outro, num túnel com 70 metros de comprimento.
Fomos deixados no Forte de São João Baptista para que pudessemos fazer o trajecto de volta a pé e conhecer a ilha. Este forte foi ordenado por D. João IV para servir de fortaleza na ilha, com o objectivo de reforçar a defesa da cidadela de Peniche. Em 1835 foi desartilhada, o que levou ao seu gradual abandono mas na década de 50 do século XX foi restaurada para posterior adaptação do espaço a pousada, o que se verifica hoje em dia. Facto curioso: não há canalização de água quente no forte por isso as pessoas deixam os garrafões ao sol o dia todo e, no final do dia, tomam banho com essa água quente.
Depois de visitarmos o forte seguimos pelo Trilho das Berlengas, sempre a subir até atingirmos o planalto da ilha (o que, com sol e calor do meio dia acaba por não ser a actividade mais fácil e envolve algumas paragens para descansar). Virando à esquerda temos acesso às Cisternas e à parte mais a oeste da ilha. Seguindo para a direita vamos ter até ao Farol do Duque de Bragança, com 29m de altura e cuja construção data desde 1841, durante o reinado de D. Maria II. A luz emitida pode ser vista a mais de 50 km de distância, um feito impressionante, considerando que a estrutura usa apenas energia solar e baterias. Como o farol se localiza no ponto mais elevado da Berlenga Grande, a partir daí a viagem é sempre a descer, passando pelo Carreiro dos Cações até ao Bairro dos Pescadores.
É possível acedermos à praia desde o Bairro dos Pescadores mas é um areal pequeno para tanta gente (e a água estava ligeiramente fria) e a ilha tem muito pouca sombra para quem não quer fazer praia. Como fomos no final Julho, apanhámos sol forte o suficiente para me provocar um escaldão apesar de ter posto três vezes mais protector solar que o grupo enquanto almoçávamos e aguardávamos pelo barco de regresso. Recomendo absolutamente uma visita às Berlengas, especialmente durante o Verão, mas aconselho que levem marmitas porque o único restaurante/bar da ilha acaba por inflaccionar bastante os preços devido à falta de concorrência. Para não variar, as fotos aqui são apenas uma pequena amostra, se ficaste com curiosidade podes sempre ir ao meu Instagram.
Devido à sua localização geográfica, a Berlenga benefícia de dois tipos de influências climáticas: a atlântica, nas áreas mais exposta a norte, e a mediterrânica, nas expostas a sul. Isto proporcionou ao arquipélago características faunisticas e florísticas que fizeram dele um ecossistema único, tanto a nível marinho como terrestre. Por isto, as Berlengas integram a Rede Nacional de Áreas Protegidas, constituindo uma Reserva Natural e é ainda considerada Reserva Mundial da Biosfera da UNESCO, tendo o mais antigo estatuto de protecção integral de que há memória, desde 1465 com o rei Afonso V.
Confesso que estava ligeiramente apreensiva em relação à viagem em si e tinha ouvido que as gaivotas eram problemáticas mas todos esses receios revelaram-se em vão. Saímos de Lisboa às 8h com tempo nublado e chegámos a Peniche um pouco antes das 9h30. Fizemos a travessia para as Berlengas pela companhia Berlenga Live às 10h00 (com regresso às 15h00) e apesar de ter sido uma viagem com solavancos uma pessoa acaba por se habituar. Sabem aquelas montanhas russas suavezinhas nos parques de diversões? É mais ou menos a mesma coisa.
Claro está, português que é português tem sempre aquele atrasozinho ou não seríamos conhecidos pelo nosso "quarto de hora académico". Não saímos exactamente às 10h com as pessoas a entrar e acomodarem-se no barco mas diria que a viagem durou cerca de meia hora entre Peniche e a ilha, com paragem para apreciação do Cabo Carvoeiro. Tivemos algum tempo para recuperar dos solavancos da viagem até à ilha no "Bairro dos Pescadores", na encosta sul da "Ilha Velha", e às 11h tivemos novo barco à espera para vermos as grutas da ilha, passeio incluído no bilhete que tínhamos pago. Um barco diferente do que nos tinha levado, com fundo de vidro, fez-nos o tour pelas grutas e vimos a cabeça do Elefante, a Cova do Sono onde os pescadores antigamente prenoitavam por se situar na zona sul e não ser atingida pelos ventos fortes vindos do norte, a Gruta da Flandres, a Gruta Azul, o Furado Pequeno onde apenas podem atravessar barcos pequenos e com muito cuidado por ser tão estreita e devido à corrente, e atravessámos a gruta do Furado Grande que atravessa a ilha de um lado ao outro, num túnel com 70 metros de comprimento.
Fomos deixados no Forte de São João Baptista para que pudessemos fazer o trajecto de volta a pé e conhecer a ilha. Este forte foi ordenado por D. João IV para servir de fortaleza na ilha, com o objectivo de reforçar a defesa da cidadela de Peniche. Em 1835 foi desartilhada, o que levou ao seu gradual abandono mas na década de 50 do século XX foi restaurada para posterior adaptação do espaço a pousada, o que se verifica hoje em dia. Facto curioso: não há canalização de água quente no forte por isso as pessoas deixam os garrafões ao sol o dia todo e, no final do dia, tomam banho com essa água quente.
Depois de visitarmos o forte seguimos pelo Trilho das Berlengas, sempre a subir até atingirmos o planalto da ilha (o que, com sol e calor do meio dia acaba por não ser a actividade mais fácil e envolve algumas paragens para descansar). Virando à esquerda temos acesso às Cisternas e à parte mais a oeste da ilha. Seguindo para a direita vamos ter até ao Farol do Duque de Bragança, com 29m de altura e cuja construção data desde 1841, durante o reinado de D. Maria II. A luz emitida pode ser vista a mais de 50 km de distância, um feito impressionante, considerando que a estrutura usa apenas energia solar e baterias. Como o farol se localiza no ponto mais elevado da Berlenga Grande, a partir daí a viagem é sempre a descer, passando pelo Carreiro dos Cações até ao Bairro dos Pescadores.
É possível acedermos à praia desde o Bairro dos Pescadores mas é um areal pequeno para tanta gente (e a água estava ligeiramente fria) e a ilha tem muito pouca sombra para quem não quer fazer praia. Como fomos no final Julho, apanhámos sol forte o suficiente para me provocar um escaldão apesar de ter posto três vezes mais protector solar que o grupo enquanto almoçávamos e aguardávamos pelo barco de regresso. Recomendo absolutamente uma visita às Berlengas, especialmente durante o Verão, mas aconselho que levem marmitas porque o único restaurante/bar da ilha acaba por inflaccionar bastante os preços devido à falta de concorrência. Para não variar, as fotos aqui são apenas uma pequena amostra, se ficaste com curiosidade podes sempre ir ao meu Instagram.
Located about 10km away from Cape Carvoeiro, the Berlengas archipelago is composed of 3 groups of islets: Berlenga Grande and adjacent reefs, Estelas (Stelae) and Farilhões-Forcadas (Forchilla), all of a geological nature different from the nearby continental coast. The Berlenga Grande, with 4km of perimeter, is shaped like an "8" cut by numerous recesses. The most considerable part of the island, to the west, is simply called "Berlenga" and comprises two-thirds of the total surface of the island. The other part, to the east, separated from the first by a bottleneck resulting from the maritime erosion on an important geological fault, is the "Old Island".
Due to its geographical location, the Berlenga benefits from two types of climatic influences: the Atlantic, in the areas most exposed to the north, and the Mediterranean, in the ones exposed to the south. This provided the archipelago with faunal and floristic characteristics that made it a unique ecosystem, both marine and terrestrial. For this reason, the Berlengas are part of the National Network of Protected Areas, constituting a Natural Reserve and still considered as a UNESCO World Biosphere Reserve, with the oldest protected status in existence since 1465 with King Afonso V.
I admit I was slightly apprehensive about the journey itself and had heard that the seagulls were problematic but all those fears were in vain. We left Lisbon at 8am with cloudy weather and arrived in Peniche a little before 9:30. We crossed the ocean to Berlengas with the company Berlenga Live at 10am (with return at 3pm) and although it was a trip with its bumps, you end up getting used to it. Do you know those little soft roller coasters at the amusement parks? It's sort of the same thing.
Of course, the typical Portuguese person always has that slight timetable delay or we wouldn't be known for our traditional "academic quarter of hour". We didn't leave at exactly 10 o'clock, with people coming in and getting settled in the boat but I would say that the trip lasted about half an hour between Peniche and the island, including a stop to appreciate Cape Carvoeiro. We had some time to recover from the bumps of the trip to the island in the "Bairro dos Pescadores" (Fishermen's Neighbourhood) on the southern slope of the "Old Island", and at 11am we had a new boat awaiting so we could see the caves of the island, a tour included in the ticket we had paid. A different boat from the one we had taken, with a glassed bottom, toured us around the caves and we saw the head of the Elephant, the Sleeping Pit where the fishermen used to stop in the southern zone so they wouldn't be hit by the strong winds from the north, the Flanders' Cave, the Blue Cave, the Small Furado where only small boats can cross very carefully because it's so narrow and due to the current, and we crossed the cave of the Great Furado that crosses the island from one side to the other, in a 70-meter-long tunnel.
We climbed out of the boat in the Fort of São João Baptista so that we could make the journey back on foot and get to know the island. This fort was ordered by D. João IV to serve as a fortress on the island, with the aim of strengthening the defense of the citadel of Peniche. In 1835 it was left with no artillery, which led to its gradual abandonment but in the 50's of the twentieth century, it was restored for later adaptation of the space to the inn, which it's what it's used for nowadays. Curious fact: there is no hot water piping in the fort so people leave the bottles in the sun all day and, at the end of the day, shower with this warm water.
After visiting the fort we continued along the Berlengas Trail, always climbing until we reached the plateau of the island (which, with the noon sun and heat isn't the easiest activity, and involves some stops to rest). Turning to the left we have access to the Cisterns and the most west part of the island. Turning to the right we will have the Duque de Bragança lighthouse, 29m high and whose construction dates back to 1841, during the reign of D. Maria II. The light emitted can be seen more than 50km away, an impressive feat considering that the structure uses only solar energy and batteries. As the lighthouse is located at the highest point of the Great Berlenga, from there the trail continues downwards, passing the Carreiro dos Cações (Shark's Trail) to the Fishermen's Neighbourhood.
It's possible to reach the beach from the Fishermen's Neighbourhood but it's a small one for so many people (and the water was slightly cold) and the island has very little shade for those who don't want to go to the beach. As we went in late July, we caught sunshine strong enough to scald me, even though I put three times more sunscreen than the rest of group, while we were having lunch and waiting for the return boat. I absolutely recommend a visit to the Berlengas, especially during the summer, but I advise you to bring snacks because the only restaurant/bar on the island ends up inflating prices significantly due to lack of competition. As always, the photos here are just a small sample, if you're curious you can always go to my Instagram.
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